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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

O tempo não pode apagar nossas pegadas

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S eguindo esse mesmo caminho, te encontrei e te perdi. Andando nessa mesma estrada, te segurei e derrubei. Ah, foram tantas historias que fomos deixando nessa trilha, cada passo uma marca, cada lágrima que secou, um sorriso que se eternizou. Suas brincadeiras que me deixavam feliz, nossas piadas sem graça que nos trazia gargalhadas. Se lembra das músicas? Do tempo bom. Deixamos mentiras e verdades, que o vento fez questão que trazê-las de volta. A verdade é que quase tudo era mentira. Exceto nós, que sempre fomos verdade. (Rayanne C.)

O sangue que as rosas me trouxeram

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- Por que sangras? - Cortei-me. - Como? Sempre foi cuidadosa. - Fui traída. Encantei-me pela beleza das rosas, ignorando totalmente os espinhos que ali me ameaçavam. Nem me importei, mas nem nas rosas chegar, eu cheguei. - Ah tola, já te avisei. Deixa as flores pros beija-flores. Só tente pegar o que não quer te ferir. - Mas eram lindas as rosas. - Esquece. Elas não são para você. Deixa que o brilho do sol te ilumine, deixa que a lua te hipnotize. Só pode te magoar o que pode te tocar. Então apenas observe. Faça como eu, senta aqui, bebe um pouco de café e vê o brilho vir e passar, a lua chegar e sumir de novo. - Isso não é viver. Quero o toque, mas não os cortes. - Deixa isso para quem tá lá em cima. No poço não tem essas coisas não. Senta, boba, e se contenta. Talvez um dia você consiga sair. Mas enquanto sangras, não tente prosseguir. (Rayanne C.)

O grito do silêncio

T udo o que já me machucou guardei aqui dentro, Não espalhei, não deixei ao ar livre. Talvez seja por isso que o vento nunca levou. Quem sabe alguém descubra que o meu sorriso chora E quando olhar o meu olhar, talvez veja aquilo tudo o que quer sair. Mas eu prendo, não permito que escape. Não deixarei que minha dor te fira, que te corte, Nem que te incomode. Sou estranha, complicada, confusa. Não tente entender meus medos, minha falta de coragem. Não é que eu não queira lutar, é que estou cansada, Se parei de andar, é porque já corri muito. Mas se queres o meu bem, Fica por perto, fica aqui, não sai. Não desiste de mim, te peço. Traga-me de novo aquele encanto, De poder sorrir sem dor, De poder sentir o amor Assim sem lágrimas, sem chorar, Apenas aquela coisa boa que um dia me fez cantar. E vem cá, me deixa curar a tua dor também, Me deixa te tirar do escuro. Vem cá que podemos voar juntos. (Rayanne C.)

Eu te feri ao tentar te proteger

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T udo aquilo que eu sonhei, idealizei, projetei em minha mente como o ser perfeito, meu coração achou tudo em você. Os mesmos defeitos e as mesmas qualidades, as teimosias, mas também as doçuras. Encontrar algo ou alguém com tantos aspectos que me faziam flutuar, não era comum. Encontrei algo que posso chamar de meu tesouro que por tanto tempo ficou perdido. Te achei. Estiquei meus braços até doer, para te segurar com a mão e te guardar nos meus braços, você estava ali bem na minha frente, mas era longe demais e impossível de se alcançar. Na medida em que minhas mãos se aproximavam, uma força maior te afastava de mim. E ficamos assim, frente a frente, perto de se ver, mas sem nos aproximar, com uma distancia em que só o coração pode sentir. P orém, encontrei uma oportunidade quando recuei minhas mãos. Você se aproximou e os meus pés continuaram grudados ao chão, continuei ali no mesmo lugar. Te deixei aproximar, fazendo grande sacrifício para manter minhas mãos paradas também, para não
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E u já não entendo o que se passa do outro lado da janela. Há lágrimas, há sorrisos, mas ninguém parece realmente chorar, ninguém parece realmente estar feliz. Eu já não entendo mais como funciona essa coisa que chamam de sentimentos. Como é estar feliz? Faz tanto tempo que não sinto isso que nem me lembro mais. Eu não sinto, apenas finjo e ninguém parece perceber. Eu não consigo compreender aonde querem chegar todas as pessoas que sorriem querendo chorar. Um dia já achei que fosse assim, me enganei. Eu não quero sorrir nem chorar, quero apenas uma paz que me permita fugir de tudo que já me atormentou. Sinto-me como se estivesse oca por dentro, mas há tanta vida ao meu redor. Eu deveria estar feliz, eu deveria sorrir e cantar, mas só ouço música para fugir do silencio. O silencio me traz lembranças e elas já não me fazem bem. Fazem-me pensar nesse doloroso ciclo que já não faz sentido. Porque estamos tristes, ficamos felizes, mas logo caímos e subimos de novo. Qual a logica, qual o por
P orque tudo o que é bonito tem um final doloroso. E nós dois éramos tão lindos juntos. Dói chorar, mas dói ainda mais ter que sorrir para aqueles que não se importam, dói ter que encarar a multidão quando tudo o que se deseja é estar sozinha. Mas há os outros alguéns, outras pessoas que podem me fazer bem. Eu encontrei outra paz, outro sorriso para pensar antes de dormir. Meus sonhos agora tem outra face, outros braços me abraçando. Mas se lembra de como éramos eternos juntos? E dentro de mim nunca chegaremos ao fim. Dói ter que te afastar e te ver cair me dá vontade de te segurar. Te ver chorar me dá vontade de te proteger. Mas já foi, passou. Agora é fechar os olhos e respirar fundo, deixa a lágrima cair, deixa essa dor sair. Um dia, talvez, quem sabe eu posso até sorrir de novo. Talvez eu consiga pensar em você e não sentir esse aperto aqui dentro. Talvez, quem sabe, um dia passe. (Rayanne C.)
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N ão é fácil escolher entre dois caminhos Onde ambos parecem tão certos e errados Onde sua mente e seu coração vivem em guerra Em busca do mesmo objetivo. Parece tão fora de lógica, sem nexo, Eu ali tentando não ferir E ferindo cada vez mais, cada um e todo mundo. E me machucando, assim, em dobro e triplo. Uma parte de mim deseja, secretamente, a solidão, Somente eu e ninguém mais, tão simples isso seria. Mas outra parte, uma da qual tamanho não sei, Necessita dolorosamente de alguém. Mas não qualquer alguém Um alguém, meu alguém, sem ninguém mais. Mas qual caminho me leva para o alguém certo? Qual alguém devo manter por perto? (Rayanne C.)

Logo eu

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E logo eu que sempre achei que era bom demais viver, me pego deitada pedindo a Deus para me levar daqui. E logo eu que sempre sorri demais, me pego chorando sem saber por quê. E logo eu que sempre tive amigos demais, me pego desejando o silencio e a solidão. Logo eu que sempre fui fã da verdade, daria tudo para que ela fosse uma mentira agora. (Rayanne C.)