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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Só paz e uma vidinha tranquila

         Eu queria um menininho com um coração ingênuo e bondoso. Menininho esse seja quem for, apareça-me, por favor, e me traga um sentimento que não faça o meu pobre coração ferido doer ainda mais. Não precisa vim com flores nem saber tocar no violão a minha música preferida, não precisa ter um sorriso bonito o tempo todo. Menininho, seja bonito aí dentro e não aqui fora, porque o mundo desse lado deixa tudo mais feio e me amedronta, eu quero morar dentro de você. Já vivi tantos dramas e loucuras, não quero mais ondas violentas, quero rio e lagoa, um vento tranquilo e não um tornado. Menininho, seja simples e leve e terá meu coração. Nós não precisaremos de jogos nem de regras bobas, você não precisa quebrar a cabeça para tentar me entender. Não preciso que me rejeite só para que eu sinta saudades – sinto sua falta assim que você vira as costas pra voltar pra sua casa. Não quero cenas de novelas na vida real e, por favor menininho, não me provoque ciúmes só para eu ter medo de te

Um teto com estrelas

E então ele apareceu para contrariar todos os filmes de amor que eu havia me inspirado. Sem cabelos arrumados nem roupas bonitas, nem sequer esbarrou comigo enquanto virávamos a esquina – esbarramo-nos em outras esquinas. Benjamim não era um rapaz bonito nem admirável. Na verdade, tinha cabelos engraçados, espinhas e um jeito de quem nunca visitara a cidade. Mesmo falando errado, cheio de gírias e manias, alguma coisa nele me agradou. Vai entender. Troquei o príncipe pelo sapo e aí sim fui feliz. Com ele, as coisas eram simples e verdadeiras, a vida tornou-se meiga e fácil. Ninguém na rua nos desejava mal nem tinham olhares invejosos quando passávamos de mãos dadas. Troquei o vestido de festa por short e camiseta e aí sim fui feliz. Encontrei a felicidade enquanto usava sandália e não salto alto, amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo e sem me preocupar com maquiagem. Ah, a vida passou tão devagar assim, nos primeiros meses, quando parávamos em um sábado para assistir ao filme d

Eu não queria dizer adeus, mas eu direi

Mais um tempo vai chegando ao fim, mais outra época, mais uma história mal contada e muito mal interpretada. Daqui alguns dias farei promessas que não serão cumpridas, terei esperança de que alguma coisa dará certo no próximo ano (e quem sabe não dê?), levantarei a cabeça e pensarei em te esquecer de novo, mais uma tentativa. Daqui a uma semana terei novos sonhos, planos e alegrias, pessoas indo e vindo e ficando na minha vida e eu aqui parada com uma saudade velha, lembranças antigas e alguém na cabeça que insiste em ficar. Entretanto, vim cumprir o que você me fez prometer: eu vou me cuidar, eu vou. Entre tantas promessas bonitas, cumprirei as mais tristes, as que eu não queria ter feito. E hoje vim aqui me prometer: essas são as últimas palavras que escrevo com você no pensamento. Nem vou mais chorar ouvindo aquela música que você cantou pra mim nem me despedaçar em mil ao ver a sua foto guardada na gaveta. Não vou mais te ligar à noite quando me sentir sozinha, mesmo sabendo qu