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Mostrando postagens de janeiro, 2011
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N em todo mundo que sorri está feliz. Mas também há os que choram sem sentir dor. Eu aprendi a ler os olhares, eles não mentem, eles não escondem. Não podemos julgar o que um rosto nos mostra, devemos ouvir o que o coração grita. Eu não choro, eu não sorrio. Eu calo e morro um pouquinho. Todos os dias, em cada segundo um pedaço de mim vira migalha. Ninguém vê ninguém sabe. Mas isso me fazer sofrer. E acho que será para sempre assim.

As mãos que cortam

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Agora eu sei como Edward – mãos de tesouras - se sentia. M inhas mãos viraram armas. Eu tento te ajudar, mas te firo. Eu tento tocar em seu coração, mas eu o quebro. Agora é tarde demais para qualquer mudança. Como irei curar suas feridas, se eu que as causei? Como curá-las, se, quando eu toco, eu as pioro? Devo me isolar e me afastar para não mais ferir-te? Pois te ferindo, eu me firo. E não quero ferir ninguém. (Rayanne C.)

A chuva que não passa

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A s nuvens cinza cobrem toda a beleza do céu, lá fora. A mágoa, o medo e os erros cobrem o nosso amor e faz chover aqui dentro. E me pergunto: o que vai ser agora? Se minhas mãos estão ameaçadas a viverem longe do toque das suas por um tempo que eu nem saberia dizer? O medo aumentou, meu bem, e me deixou assustada. Tão assustada a ponto de fechar os olhos e não querer ver mais nada. Eu fugi da tua luz por ter medo da escuridão, eu apaguei as chamas por ter medo delas te queimarem. Eu fiz chover, meu bem, mas tinha esperança que, com o teu sol, tivéssemos um arco-íris. (Rayanne C.)

Quando não resta mais nada

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M ais uma noite chega ao fim e o que temos aqui? Um coração que chora em silêncio para não acordar ninguém. E o que restou, afinal? Uma garotinha chorando no chão da sala desejando que os maus dias acabem logo. Ela queria poder fugir do monstro que se escondia atrás do espelho, mas os reflexos em cada lugar da sala insistiam em culpá-la. Ela queria poder virar o copo até o dia amanhecer, mas na casa já não havia sobrado nenhuma garrafa. Escrever talvez fosse a solução, afinal, é isso que os poetas fazem, eles se aproveitam da tristeza. Ela tentou, porém suas palavras machucaram ainda mais. E o que restou, no final? Não restou nada. Não se pode fazer muito quando se trata de um coração ferido, apenas esperar que ele se cure ou se desmanche por completo. A noite deveria ter acabado bem, certo? Não pra você, pequena. Não pode se livrar do monstro, quando você mesmo é o mal. (Rayanne C.)