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Mostrando postagens de junho, 2012
1, 2, 3, só mais alguns passos e estou partindo. Você vai mesmo me deixar ir embora? Você destrancou a porta, arrumou minhas malas, deu-me a chave. Você está certo sobre isso?   Por favor, pense bem e com cuidado antes de responder. O mundo lá fora é imenso, se você me rasgar por dentro, eu posso rasgar todos os mapas que me levam de volta para você. Eu posso não encontrar mais o caminho de volta para casa. Eu posso perder, também, a vontade de voltar.

Meio 1/2

Eu nunca consigo terminar um texto, escrever as histórias que invento, colorir o desenho até o final. Da mesma maneira que não consigo encantar alguém totalmente, apaixonar-me por inteiro, conseguir conversar com alguém sem querer estar só. Tenho um sonho incompleto, um quarto bagunçado e uma mente barulhenta. Sinto vontade de parar enquanto atravesso a rua. Eu sei, algo está errado por aqui, algo que mexe comigo mais do que deveria e me afasta do caminho certo. E eu sei exatamente o que é. Despedidas sempre me desequilibram. Desequilibrada, ah, eu ando quase caindo. Um dia, eu caio. Mas queria continuar andando para talvez te encontrar e ter uma história INTEIRA com você. INTEIRA assim bem grande, para não acontecer de novo: as melhores coisas que me acontecem ficam pela metade e eu continuo com esse vazio, esse buraco, essa necessidade de uma continuação, de um fim. É como se eu não conseguisse terminar algo e  

Morrer dói?

Não é preciso dor para se matar. Não é preciso uma vida longa e difícil para querer acabar com tudo de uma vez. Às vezes se tem amor, carinho e juventude e ainda assim se quer morrer. A mente humana é incompreensível, por vezes. O lugar que controla todos os nossos sentimentos – que dizemos assim tão certos que é o coração – se mostra imperfeito e perde todo o controle, perde o fio principal. E então,   esquecemo-nos de outras coisas importantes, tudo gira em torno de nos curarmos, seja encontrando alguém que nos tire desse rumo, alguma coisa para depositarmos esses sentimentos estranhos. Só queremos encontrar algo ou alguém que nos controle novamente ou nos dê alguma explicação romântica para sermos assim tão descontrolados. Por mais que isso seja difícil – encontrar e conviver - ainda se quer viver, para ver, afinal, onde vai dar toda essa história. Mas e quando não se tem nada? E quando o dia se torna tão semelhante ao anterior que perdemos a capacidade de ver os pequenos detal

Run away

Estou me tornando aquilo que mais odiei - isso acontece às vezes. O que jogamos no mar na esperança de que se vá, volta. Julguei-te pelas vezes que partiu, pelo meu coração esmagado em suas garras, sua frieza aos meus sentimentos, suas palavras de adeus. No verão mais bonito, você não estava aqui, jurou-me voltar em dois meses. Voltou, como sempre, mas se foi novamente. Agredi suas ações em palavras e hoje, veja eu. Estou aqui escondida nos esconderijos da minha alma, escapando-me de qualquer tipo de contato humano, palavras não me agradam mais e ninguém age. Chorei pelas suas idas e hoje estou indo, também. Não mando mensagens, desliguei o telefone, não saio para lugar nenhum. Não quero te ver, não quero ver ninguém. É claro, é culpa de alguém, sempre há a quem culpar. Dessa vez, não sei. Não me sinto segura em lugar nenhum, apenas aqui, onde meu silêncio faz-se escudo do barulho do mundo. O silêncio é o que me salva. Mas se tem algo diferente a dizer, diga. Se quiser fazer, vá em