Run away
Estou me tornando aquilo que mais odiei - isso acontece às vezes. O que
jogamos no mar na esperança de que se vá, volta. Julguei-te pelas vezes que
partiu, pelo meu coração esmagado em suas garras, sua frieza aos meus
sentimentos, suas palavras de adeus. No verão mais bonito, você não estava
aqui, jurou-me voltar em dois meses. Voltou, como sempre, mas se foi novamente.
Agredi suas ações em palavras e hoje, veja eu. Estou aqui escondida nos
esconderijos da minha alma, escapando-me de qualquer tipo de contato humano,
palavras não me agradam mais e ninguém age. Chorei pelas suas idas e hoje estou
indo, também. Não mando mensagens, desliguei o telefone, não saio para lugar
nenhum. Não quero te ver, não quero ver ninguém. É claro, é culpa de alguém,
sempre há a quem culpar. Dessa vez, não sei. Não me sinto segura em lugar
nenhum, apenas aqui, onde meu silêncio faz-se escudo do barulho do mundo. O
silêncio é o que me salva.
Mas se tem algo diferente a dizer, diga. Se quiser fazer, vá em frente.
Aqui, só é bem vindo quem foge da mesmice.
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