Na estrada.
Na estrada. Na rua, na rota, no caminho. Na
trilha, na rima, na linha, no limbo. No balanço, no avanço, não alcanço o
horizonte adiante.
Adiante! Adiante!
Acelere, corra, mova, ande, avance.
Avante!
Uma curva, outra curva, declínio, declino
no voo... – enjoo. Na
rua, na rota...
É luz de led que ilumina o caminho?
Curvas encurtam o horizonte. Nas curvas, o
mistério. O que vem em frente? O que me aguarda? Nada me aguarda, nós é que nos
cruzamos. Cruzamos uns nos outros, ultrapassamos, ultrapassados,
parados - quebra mola
amola, a mola inquieta, buracos na estrada.
Árvores verdes, estarão mais verdes, estarão amarelas, teremos ipê. Fotografo o
horizonte, o monte, um monte de diversidades, felicidade... O registro não é
como é a pupila.
O garoto, o amor, meu bem, benzinho.
Toco-lhe o rosto, do teu gosto eu gosto. Eu olho, te olho, seus olhos - me
molho (um pouco).
Que sufoco! não acaba.
Que não acabe! Quero mais tempo com você.
Tempo, tempo lento, vento - não venta aqui dentro. Enjoo,
estress, medo. Medo. Medo. O medo pesa,
estou presa, sou presa! Pressa! Pressa! Imprensa que vai descer. Um passageiro.
Passageiro, passou,
já foi.
Fim do percurso.
17 de setembro de 2019
Comentários
Postar um comentário