Permanente
Às vezes não sei mais se sou eu ou se sou você. Meu sorriso
se confunde com o seu, minhas dores semelham-se às suas, meus planos são os
mesmos que você costumava ter. Chamo meus amigos como você me chamava – com apelidos
estranhos, mas bonitos – e até a viver foi você quem me ensinou. Quando estávamos
juntos, unidos, era comum ouvir falar como éramos parecidos. Mas você se foi,
eu também, isso deveria ter ficado parado no tempo, no passado, não? Você mudou
tanto, por que eu continuo a mesma? Eu continuo com você preso no meu corpo, mas se eu te tirar de mim, quem serei, se sou nós? (...)
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