Você diz que me ama, mas o jeito que você me pisa, querido, eu não consigo entender. Suas palavras são tão bonitas, mas você fez planos para conseguir me afastar. Eu não tenho muito tempo e o tempo não vai parar para nós dois. Você vai me deixar morrer sem saber se você me amava de verdade? Você vai me deixar ir sem um beijo de boa noite? Eu vou morrer sem saber se seus sorrisos e lágrimas eram verdadeiros. Eu vou morrer sem conhecer a sua verdadeira face. Enquanto vivo, eu tento acreditar, eu tento enxergar o seu lado de flores. Eu juro, eu tento te entender. Mas você faz um nó na minha cabeça, você é o enigma que eu nunca vou conseguir desvendar. Você faz promessas e canta as mais belas canções. Você manda tão bem nas palavras, mas me diga, quantas vezes você repetiu para elas o que disse à mim? Me responda: quantas você consegue amar? Porque mesmo de longe, eu ainda consigo ver: você promete ser o príncipe para mais de uma princesa. Você disse que nunca deixaria de me amar, mas você me trata tão mal e não manda flores no outro dia. Suas notas de violão não me enganarão mais. Quantas garotas você deseja ao seu lado? Quantas são você-é-a-única-que-me-faz-bem? Me mostre a sua lista de eu-sou-tão-sozinho-sem-você-eu-nunca-vou-te-deixar. Todas foram embora e eu nunca te disse adeus. Querido, você me machuca tanto. Você se tornou o espinho que me corta. Então me responda alto e claro: por que eu ainda insisto em te querer por perto? Por que esse sentimento ainda me controla?
O tempo não vai esperar você sonhar
Eu tenho uma mania engraçada de olhar para as pessoas e imaginar como é o mundo de cada uma delas. Eu observo seu rosto, seu corpo, seus olhos e a maneira como se veste e anda. A maioria entre todas essas pessoas tenta parecer normal, com sua cabeça erguida sem deixar escapar qualquer denuncia de dor. Porém, quando as imagino, eu consigo ver um passado assombrado, com lágrimas e dores, desafios e armadilhas que a vida lhe pregou. Como aquela moça sentada na última cadeira do ônibus, por exemplo, com a cabeça encostada na janela, ouvindo alguma música no seu fone de ouvido, usando óculos escuro deixando incapaz ver seus olhos. Imagino que ela já amou alguém e não foi correspondida, mas aquilo não chega a doer tanto quanto ver seu pai, um homem já vivido de cabelos brancos, deitado em uma cama branca do hospital próximo a sua casa, tão próximo de ir embora pra sempre. A música que ela está ouvindo a traz algumas lembranças boas, como quando ela era criança e seu pai comprou a bi
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